(Isaac Asimov)
(...) Acredito muito em uma revolução, a
qual nossa mente se torne palco de todas as modificações, uma revolução
em nosso modo de pensar e agir. Para isso, julgo a leitura necessária,
em especial a divulgação científica e a ficção científica, mas não
excetuando as demais. A primeira pelo fato de nos permitir uma visão do
Universo, do micro ao macro e assim nos esclarecer sobre os fenômenos do
mundo, a segunda por despertar nossa imaginação em um sentido não de
fugir do mundo real, mas nos fazer pensar nas consequências de nossas
ações como seres pensantes.
Conheci há pouco tempo (não mais do que
seis anos) um fantástico escritor que me despertou ainda mais o
fascínio pela literatura científica e a ficção: conhecido mundialmente
como Isaac Asimov. Ainda em vida, ao lado de Arthur Clarke e Robert
Heinlein (dois monstros da ficção científica) foi considerado como um
dos “três grandes” escritores da ficção científica. Tenho-o como
favorito não por ter sido um bioquímico e ter recebido o prêmio HUGO de
ficção científica, e muito menos por ter elaborado as leis da robótica,
mas por seus escritos englobar todas as áreas de conhecimento que o
leitor imaginar, desde os acontecimentos do passado às imaginações do
futuro. É sem dúvida, um dos poucos escritores que consegue transmitir
assuntos tão complexos, de forma tão simples. Compreensível para todos.
Parece que ele gostava de brincar com sua máquina de escrever...
Em cada linha escrita nos convida a ler
a próxima com a mesma vitalidade da anterior. Se quisermos pensar em um
futuro melhor, acredito que a ficção científica deve ser introduzida
logo cedo na mente dos jovens, assim como as obras de divulgação
científica. A ficção científica (e Asimov nos faz acreditar nisso) é uma
ferramenta de real importância para o nosso progresso, é uma alavanca
para a nossa liberdade intelectual e para o progresso de qualquer
Sociedade. Isaac Asimov é um grande nome a ser mencionado nas escolas.
Asimov escreveu sobre quase tudo, nisso
não há dúvidas para quem conhece um pouco sobre seus escritos.
Realmente ele se preocupava com os rumos que nossas decisões poderiam
tomar e quais as consequências disso. A leitura de suas obras nos leva a
um mundo apriori impossível, mas bastante provável, tendo como partida o
nosso avanço tecnológico. Asimov não conhecia limites para sua
imaginação: robôs; superpopulação; computadores; colônias extraterrenas;
viagem na corrente sanguínea; medidas do macro e do micro cosmos;
viagem no tempo; terapia gênica; poesia; astronomia; filosofia...
Deixaria o leitor cansado se fosse mencionar sobre o que escreveu...
Quem ler Asimov vai chegar um momento de se indagar: Nossa! Ele era mesmo bioquímico? Através
de seus escritos fictícios e científicos, permite às mentes jovens
explorar assuntos políticos, sociais, éticos e muito mais.
Por ter publicado mais de 500 volumes –
de ficção e não ficção (sem contar cartas) segue abaixo alguns de seus
títulos mais conhecidos: Vida
e energia; O hálito da morte; O corpo humano; O cérebro humano; o
Código genético; Trilogia fundação; Antologia I e II; Asimov explica; O
Universo; O despertar dos deuses; Mistérios de Asimov; A medida do
Universo; O início e o fim; Eu robô; Tão longe quanto chega o olhar
humano; Júpiter; Marte; O cometa de Helley; Escolha a catástrofe; A
terra e o cosmos; Contando as eras; 111 questões sobre a terra e o
espaço; Civilizações extraterrenas; Fronteiras; Livro dos fatos; Gênios
da Humanidade (enciclopédia); Colapso do Universo; O homem bicentenário;
Viagem fantástica I e II: rumo ao cérebro, dentre muitos outros. Na
ocasião de sua morte (1992) Carl Sagan, fez questão de mencionar a
importância de Asimov e a falta que faria para todos, em especial para
os jovens:
“Isaac Asimov foi um dos grandes
explicadores de nossa época. (...) ele era motivado por impulsos
profundamente democráticos a comunicar a Ciência ao público. (...)
Asimov falava alto a favor da Ciência e da razão e contra a
pseudociência e a superstição. (...) estava profundamente comprometido
com a estabilização do crescimento populacional do mundo. (...)
preocupo-me com nós, sem nenhum Isaac Asimov por perto para inspirar
aprendizado e Ciência nos jovens”.
Asimov deve ser lido para que seus escritos inspirem jovens escritores e que estes inspirem outras gerações por vi.
Por Antônio Marcos Souza (Ex-acadêmico do curso de Química da UVA e atual professor de Química na Escola Estadual de Ensino Médio Professora Ruth Cristino)
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